domingo, 17 de janeiro de 2016

Economia e industrialização brasileira


2018



(UNESP, 2018, 2ª. Fase)  A Transamazônica inscrevia-se também nesse amálgama Geopolítica-Segurança Nacional. No caso da Amazônia, o projeto da corrente nacionalista de direita do Exército era o de povoar, mas as contingências do tempo e do capital não seguiam mais as fórmulas pombalinas. Assim, na impossibilidade de povoar com gente – seria necessária a migração de toda a população brasileira para chegar-se a taxas de densidade razoáveis no vasto território amazônico – optou-se pelo povoamento com interesses: a Zona Franca de Manaus configura-se como uma modalidade de povoamento por meio de interesses constituídos. A própria Transamazônica era uma estratégia mista de povoamento populacional e de interesses. (Francisco de Oliveira. “A reconquista da Amazônia”. Novos Estudos Cebrap, março de 1994. Adaptado.)

a) Em que período da história brasileira foi proposto e iniciado o projeto de construção da rodovia Transamazônica?  Qual semelhança o texto estabelece entre o projeto de construção da Transamazônica e a constituição da Zona Franca de Manaus?

b) Qual foi a justificativa dada pelo governo federal para a abertura da estrada? A que se refere a afirmação de que “A Transamazônica inscrevia-se também nesse amálgama Geopolítica-Segurança Nacional”?





(UNESP, 2018, 2ª. Fase) Examine a tabela.








a) Qual era o produto que, no período 1841/50, representava o maior percentual sobre o valor do conjunto das exportações brasileiras? Esboce, no plano cartesiano inserido no campo de Resolução e Resposta, um gráfico que demonstre o comportamento da exportação desta mercadoria durante todo o período compreendido pela tabela (1821/80).


b) Qual foi a mercadoria que sofreu maior oscilação percentual sobre o valor do conjunto das exportações brasileiras na passagem do período 1851/60 para o período 1861/70? Aponte o principal motivo dessa oscilação.






(UNESP, 2018) Esse produto percorreu ampla região, desde o Morro da Tijuca, no Rio de Janeiro, no primeiro quartel do século XIX, até o norte do Paraná, onde praticamente cessou sua marcha na década de 1970. Nesse período, seu percurso deixou marcas significativas na paisagem: vasta rede urbana e densa malha ferroviária, solos empobrecidos pela erosão, florestas dizimadas e extensivas pastagens, quase sempre de baixa produtividade.
(Jurandyr L. S. Ross. Ecogeografia do Brasil, 2009. Adaptado.)

O excerto refere-se à produção do espaço brasileiro relacionada ao ciclo econômico

(A) da borracha.
(B) da cana-de-açúcar.
(C) do café.
(D) do ouro.
(E) do algodão.

R.: C




(UNESP, 2018) Em meados da década de 1970, as condições externas que haviam sustentado o sucesso econômico do regime militar sofreram alterações profundas. (Tania Regina de Luca. Indústria e trabalho na história do Brasil, 2001).

As condições externas que embasaram o sucesso econômico do regime militar e as alterações que sofreram em meados da década de 1970 podem ser exemplificadas, respectivamente,

(A) pelos investimentos oriundos dos países do Leste europeu e pelo aumento gradual dos preços em dólar das mercadorias importadas.
(B) pela ampla disponibilidade de capitais para empréstimos a juros baixos e pelo aumento súbito do custo de importação do petróleo.
(C) pelos esforços norte-americanos de ampliar sua intervenção econômica na América Latina e pela redução acelerada da dívida externa brasileira.
(D) pela ampliação da capacidade industrial dos demais países latino-americanos e pelo crescimento das taxas internacionais de juros.
(E) pela exportação de tecnologia brasileira de informática e pela recessão econômica enfrentada pelas principais potências do Ocidente.



R.: B
 
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2016


 (FUVEST, 2016) O processo de industrialização que se efetivou em São Paulo a partir do século XX foi o indutor do processo de metropolização. A partir do final dos anos 1950, a concentração da estrutura produtiva e a centralização do capital em São Paulo foram acompanhadas de uma urbanização contraditória que, ao mesmo tempo, absorvia as modernidades possíveis e expulsava para as periferias imensa quantidade de pessoas que, na impossibilidade de viver o urbano, contraditoriamente, potencializavam a sua expansão. Assim, de 1960 a 1980, a expansão da metrópole caracterizou-se também pela intensa expansão de sua área construída, marcadamente fragmentada e hierarquizada. Esse processo se constituiu em um ciclo da expansão capitalista em São Paulo marcada por sua periferização. 
Isabel Alvarez. Projetos Urbanos: alianças e conflitos na reprodução da metrópole. Disponível em: http://gesp.fflch.usp.br/sites/gesp.fflch.usp.br/files/02611.pdf. Acessado em 10/08/2015. Adaptado.

Com base no texto e em seus conhecimentos, é correto afirmar:

a) O processo que levou à formação da metrópole paulistana foi dual, pois, ao trazer modernidade, trouxe também segregação social.
b) A cidade de São Paulo, no período entre o final da Segunda Guerra Mundial e os anos de 1980, conheceu um processo intenso de desconcentração industrial.
c) A periferia de São Paulo continua tendo, nos dias de hoje, um papel fundamental de eliminar a fragmentação e a hierarquização espacial.
d) A periferização, em São Paulo, cresceu com ritmo acelerado até os anos de 1980, e, a partir daí, estagnou, devido à retração de investimentos na metrópole.
e) A expansão da área construída da metrópole, na década de 1960, permitiu, ao mesmo tempo, ampliar a mancha urbana e eliminar a fragmentação espacial.


R.: A
A urbanização no Brasil está associada à industrialização e à mecanização no campo que, consequentemente, provocou o êxodo rural direcionado para as grandes cidades brasileiras. Mesmo que a indústria tenha trazido crescimento econômico e modernidade, os empregos formais gerados foram insuficientes para absorver a quantidade de pessoas que estavam concentradas nas cidades, dando origem a subempregos e empregos informais, com menor remuneração e maior instabilidade profissional. Dessa forma, uma grande parte das famílias teve de buscar moradias em lugares como loteamentos clandestinos, cortiços e favelas, enquanto a classe média e a população de mais alta renda passaram a habitar os locais de melhor infraestrutura urbana. Isso resulta numa intensa segregação socioespacial.




(Unicamp, 2016, segunda fase) A construção de Brasília liga- se à questão regional do Brasil, que se colocou com intensidade na década de 1950, indicando a necessidade de se corrigirem desequilíbrios regionais. Mas, no Plano Piloto, vive uma minoria da população total de Brasília. O Plano Piloto não existiria sem as cidades-satélites, onde reside a maior parte dos trabalhadores, um contingente de pedreiros, motoristas, auxiliares de escritórios, serventes, encarregados de segurança, balconistas, etc. Brasília, dessa forma, é uma só cidade, do Plano Piloto às cidades-satélites. Assim, torna-se difícil aceitar a ideia de que Brasília foi projetada para antecipar um futuro mais igualitário.
(Adaptado de José William Vesentini, A capital da geopolítica. São Paulo: Ática, 1986, p. 116-117, 144-145 e 148.)

a) Quais os objetivos oficiais para a construção de Brasília?

b) Segundo o texto, por que é “difícil aceitar a ideia de que Brasília foi projetada para antecipar um futuro mais igualitário” para a sociedade brasileira?

Respostas: 

a) Os objetivos oficiais da construção da nova capital eram promovera integração nacional, corrigirdes equilíbrios regionais e retirara das grandes capitais a efervescência política, com a intenção de aliviar a pressão política sobre o governo. O candidato também poderia apontar a intenção de oferecer inteligibilidade ao plano de metas, ou seja, a compreensão do plano de modernização do país através da construção de uma nova capital.

b) Segundo o autor, os traços modernizantes da nova capital não tinham a intenção de incluir os trabalhadores que levantaram Brasília, chamados de “candangos”, mas sim de evidenciar o plano de urbanização e industrialização proposto pelo presidente JK (1956-1961). A nova capital não recebeu os “candangos”, que ficaram reclusos as cidades-satélites, confirmando que Brasília não propôs um futuro igualitário ao país.